ESG (Environmental, Social and Governance): uma tendência para o mundo
05/07/2022 - Useall
Temos ouvido cada vez mais sobre o ESG nas nossas salas de reuniões, webinars e blogs. Assim, resolvemos falar um pouco sobre esse tema em ascensão na nossa comunidade.
Investir em causas sociais está ganhando cada vez mais espaço, sendo assim, o ESG surgiu com o propósito de orientar as empresas sobre como atender essa demanda crescente de ter uma organização sustentável.
O ESG, ou investimento ambiental, social e de governança, usa critérios específicos para classificar os investimentos, tornando mais claro o que deve estar como atenção para a sustentabilidade.
O que é ESG?
A sigla ESG vem do inglês Environmental, Social and Governance. E essas palavras, como já dissemos, podem ser traduzidas como Ambiental, Social e Governança.
Cada vez mais, investidores estão utilizando esse fator não-financeiro como parte de suas análises de investimento. Com o crescimento da preocupação sobre os status das empresas, esses fatores tornaram-se importantes métricas para a tomada de decisão no momento de investir.
Da mesma forma, se mostraram aspectos que contribuem para o crescimento das organizações. Por isso são tão vitais! Vejamos, então, um pouco mais sobre cada um desses aspectos.
Environmental (Ambiental)
O E, de Environmental, diz respeito à preservação dos recursos naturais e à análise e uso de fontes de energia renováveis pela empresa. Algo como, se há programa de gestão de resíduos, por exemplo. Ele também analisa como a empresa lida com problemas potenciais de poluição do ar ou da água, decorrente de suas operações.
Outro fator importante em Ambiental, é analisar, se aplicável, as questões de desmatamento e a atitude da organização em relação às questões de mudança climática. Quando há fornecimento de matéria-prima, avaliar, por exemplo, qual a origem da matéria-prima ofertada pelos fornecedores parceiros.
Ou seja, aqui tratamos diretamente de fatores relacionados ao meio ambiente e à saúde do planeta.
Social (Social)
O S, de Social, é o fator que analisa como a empresa trata as pessoas, tanto de dentro quanto de fora da organização. Ele considera aspectos relacionados à relação com os funcionários e à diversidade, condições de trabalho, incluindo trabalho infantil e escravidão.
O fator social também olha para as comunidades locais, procura financiar projetos ou instituições que servirão a comunidades pobres e carentes. Também é importante garantir a saúde e segurança dos funcionários, e utilizar as práticas trabalhistas justas.
Governance (Governança)
O G, de Governance, considera como a organização é gerenciada. Quais são as regras e princípios que definem os direitos e responsabilidades? A empresa se preocupa com as questões anti-suborno? Aqui a diversidade também é analisada, mas no sentido de haver um comitê executivo diversificado.
Muitos investidores também analisam a remuneração dos executivos, se a empresa, por exemplo, está com salários congelados para os funcionários, mas para os executivos os bônus são favorecidos.
Uma forma de agregar valor é atrelar os interesses dos funcionários e satisfação do cliente aos bônus dos executivos. Assim, conseguimos criar uma progressão real e mais completa dentro da empresa.
Origem do termo
Aparentemente, o termo ESG está em alta nas discussões mais recentes. Entretanto, na verdade ele ganhou força em 2004, quando o ex secretário-geral da ONU, Kofi Annan, reuniu cerca de 50 CEOs de instituições financeiras para discutirem o tema ESG. O secretário tinha como objetivo encontrar maneiras de integrar os tópicos ESG no mercado de capitais.
Como resultado desse encontro, um relatório foi publicado em 2005, com o título de Who Cares Wins (Ganha quem se importa).
Nesse relatório, foi defendido que ao abordar o Ambiental, o Social e a Governança na análise do mercado de capitais, a preocupação com o assunto aumentaria. Esse olhar para o ESG seria bom para o mercado e o direcionaria para organizações mais sustentáveis. E traz melhores resultados para a sociedade como um todo.
ESG e investimentos
Hoje, muitos investidores reconhecem que o ESG traz informações importantes sobre a organização. É possível entender o propósito corporativo, a estratégia e também a qualidade da gestão das empresas.
Na B3, bolsa de valores oficial do Brasil, também determinam uma metodologia e analisam as empresas, avaliando o score dentro das temáticas do ESG. Um índice conhecido é o de emissão de carbono, por exemplo; assim as empresas que mensuram esse aspecto, entram na cesta de investimento que aderiu ao ESG.
Vantagens de adotar o ESG
Quando a organização olha para todos esses aspectos (ambiental, social e governança), cria perenidade para a organização e instiga a sustentabilidade da empresa.
Ao analisar esses fatores do ESG, a empresa pensa no futuro, podendo criar até mesmo uma gestão de riscos atrelada ao tema. Quando os riscos são gerenciados, os investidores conseguem analisar melhor em quem investir e a empresa cresce.
A empresa também poderá obter lucratividade, uma vez que, ao melhorar a eficiência do negócio, terá redução de custos operacionais e ganhos de produtividade. Isso pode melhorar o envolvimento dos colaboradores, reduzindo as saídas de funcionários. Além de reduzir as chances de acidentes ambientais e, como consequência, os gastos para mitigação do problema.
Outra vantagem é o impacto da imagem da empresa. Hoje as pessoas estão considerando mais os princípios que a organização defende, temas como produtos livres de crueldade animal, por exemplo, estão ganhando espaço nas discussões.
Sendo assim, ao se preocupar com o ambiente, o meio social e também a governança, a organização terá um diferencial para divulgar.
Um tema em ascensão
Talvez, ainda não esteja muito claro para todas as empresas como investir no ESG, como estimular essa discussão e criar práticas voltadas ao desenvolvimento e sustentabilidade que cercam o Ambiental, o Social e a Governança. Entretanto, é um tema crescente e que vem ganhando força e trazendo muitas melhorias para a sociedade como um todo.
Dessa forma, é importante que as organizações já estejam se preparando para olhar para os nossos recursos naturais, para as pessoas e suas estratégias de forma diferente. Esse novo olhar trará mais sustentabilidade, para a organização, e para a sociedade à sua volta, criando um mercado mais forte e, assim, melhorando o mundo! E aí, que tal começar a pensar o ESG aí na sua empresa?